Há confusão no conceito. Viver, se associar ou se relacionar
a alguém do mesmo sexo não seria a rigor homossexualismo. Não pode haver mal quando
pessoas do mesmo sexo partilham moradia, casa, trabalho, negócio, firma, etc.
trocam tarefas e favores e nem pode haver mal quando entre essas pessoas existe
afeto e elas se gostam. É muito saudável esse afeto e gostar de outra pessoa
nos faz sempre evoluir e sentir bem. É lógico, entretanto, que uma associação
entre homem e mulher, do ponto de vista familiar, seria mais desejável, pois as
características dos mesmos são complementares. É coerente dizer que em várias
situações o homem complementa a mulher e vice-versa. O homem geralmente é fisicamente mais forte,
fala grosso, mais ousado, tem maior aptidão para lutar e proteger, fazer
tarefas mais pesadas enquanto a mulher geralmente é mais dócil, maternal,
protetora da prole, tem aptidão para cozinhar, e demais tarefas domésticas
familiares que exigem menos esforço físico, tem limitação de gestação,
aleitamento e menstruação entre outras características o que fazem dessa
associação (homem e mulher) excelência, complementar e preferencial. É, portanto, na maioria dos casos (família),
preferível que essa associação seja entre homem e mulher.
Mas se duas pessoas do mesmo sexo resolvem se associar
ninguém tem o direito de interferir e criar leis que dificultem tais uniões.
Com certeza não há mal em alguém gostar de outro e querer viver junto. Mesmo do
ponto de vista religioso essas uniões não podem ser pecaminosas. Deus sempre
prefere associação, troca de ações e amor.
Porém, no sentido estrito, o homossexualismo que é obviamente
o relacionamento sexual, não pode ser considerado desejável. Poderia ser considerado
normal como uma fase, em alguns casos necessidade (indisponibilidade do sexo
oposto), mas, quando uma pessoa prefere sempre se relacionar sexualmente com uma
pessoa do mesmo sexo, poderíamos dizer que apresenta um vício sexual tal qual a
pessoa que prefere se masturbar, ter sexo com animais, cadáveres, crianças,
etc. em detrimento de ter um relacionamento sexual reprodutivo “homem-mulher”.
A pessoa talvez teve alguma vez (por oportunidade e/ou necessidade) experiência
com tal relacionamento e, por algum motivo, estacionou nessa fase. Acredito,
porém que essa prática não deve ser criminalizada (desde que não prejudique
outros como crianças p.ex.) deixando os que têm essas características viver sua
vida do modo que optaram. Ninguém deveria criticar e/ou discriminar quando uma
pessoa prefere se masturbar ou tem fantasias eróticas com sapatos, por exemplo.
Essa pessoa tem o direito de exercer seu prazer da forma que ele se desenvolveu
na sua mente e a lei não deveria interferir e coibir exceto quando prejudicaria
outras pessoas.
Não deveríamos, também, menosprezar e ridicularizar aqueles
que têm prazer em se vestir de forma incomum, imitando características do sexo
oposto, pois também é uma opção e direito que teria que ser respeitado. Mesmo
porque não há regras bem definidas para a moda. O mesmo se aplicando aos que
têm prazer em trejeitos, formas de falar e andar característico.
Precisamos, então, discernir o que é ou não homossexualismo, saber
bem a diferença entre amor e relacionamento sexual, entender bem que viver
junto não é homossexualismo, entender que o relacionamento sexual entre sexos
opostos seria desejável, mas que o sexo entre pessoas do mesmo sexo e outras
variações não sejam criminalizadas, criticadas, consideradas pecado, imorais,
etc. desde que não prejudiquem a terceiros.