quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

ESTAMOS NO MESMO BARCO...


Um grupo de pessoas resolveu atravessar um rio em um barco a remo pois estavam sendo perseguidos por um bando de índios que irracionalmente matariam a todos se ali permanecessem. Do outro lado existiam coisas muito boas e seria bom para todos. Logicamente, atingir a outra margem era o objetivo de todos pois do outro lado existia uma hipotética fonte de felicidade que resolveria a maioria dos problemas de todos, tais como: dinheiro e riquezas, poder, bem estar e saúde de todas as pessoas, não só dos componentes dos grupos mas também dos seus descendentes, amigos e conterrâneos. Enfim, chegar àquela fonte seria o bem de todos os envolvidos, amigos ou não. Porém, nesta história hipotética, o local da travessia era muito próximo a uma grande e mortal catarata e, claro, se o barco caísse nela morreriam todos, portanto, essa travessia para ser segura deveria ser feita com cuidado e rapidamente. Os componentes desse grupo eram pessoas capazes, fortes, inteligentes e inicialmente cientes do objetivo comum. Começaram a travessia remando todos juntos no mesmo sentido em direção à outra margem. Porém logo começaram as dificuldades: Alguém percebeu que um deles remava mais devagar que os demais e irritado, sentiu-se injustiçado, parou de remar para reclamar e exigir, ameaçando, mais eficiência. Este ao se sentir injuriado também reagiu com agressividade em relação ao primeiro, começou a procurar defeitos no modo dele remar e mesmo não encontrando nada significativo denunciou-o (fofoca e calúnia) ao um terceiro (que também estava remando) procurando se aliar (fazendo “panelinha”) para ganhar poder agressivo e derrotar o primeiro. Este, então ao se sentir também ameaçado pelos dois também procurou fazer alianças e panelinhas com os outros componentes do grupo que motivados por “vício” beligerante ou prazer incontrolável em lutar e competir e ainda pensando egoisticamente em levar alguma vantagem momentânea, também esqueceram de remar, entraram na “pilha” e divididos e em anarquia partiram para uma insensata e fora de hora batalha, deixando todos de perceber o perigo iminente da queda próxima e perdendo o precioso tempo para efetuar a travessia.

Logicamente, ao analisar esse final poderíamos entender que as causas dessa tragédia foram a ignorância e a não observância de prioridades. Eles deveriam saber de antemão que nunca deveriam parar de remar (no mesmo sentido) para brigar e que poderiam reclamar uns dos outros em outra oportunidade ou logo ao término da travessia. Para isso eles deveriam naquela hora ter controlado o vício ou espírito de luta ainda mais que essa luta foi desencadeada por motivos pouco importantes para a ocasião pois era apenas um que, por qualquer motivo, remava mais devagar mas os outros estavam suprindo a diferença. O outro erro importante nessa parábola foi o fato das alianças e panelinhas que contaminaram os demais componentes (fazendo-os perder a unidade e o objetivo comum) fazendo-os também parar de executar a tarefa mais importante e em vez disso tomar partido e se “deliciar” em disputas fora de propósito e em tempo errado. Faltou, enfim, a observância do sabido trecho evangélico: “Buscai primeiro o reino de Deus e tudo mais vos será acrescentado”.

Ë muito importante entendermos que com um pouco de treino e vontade poderemos controlar nossos vícios, egoísmo e impetuosidades e que fazer um acordo, tolerar alguma coisa por estratégia, procurar a paz e a união (que são sinônimos de Amor e Deus) não só evitam tragédias mas nos fazem evoluir cada vez mais, chegar a lugares e situações maravilhosas ou seja, atingir a misteriosa "PERFEIÇÃO ABSOLUTA".


Paracambi, 4 de janeiro de 2012

Gabriele Alessio

e-mail: alessio48@yahoo.com


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Gabriele